quarta-feira, 1 de abril de 2009

Elocução eloquente

Respiro. Porém meus pulmões são incapazes de sentir o ar, me dediquei arduamente na minha impersistente devoção à você. Procuro através das palavras um modo, mesmo que impreciso, de explicitar aquilo o que sinto, o que penso, o que enxergo. Com um modo inautêntico de escrever, tento mostrar o que para mim parece real.
Meus sonhos e ilusões se perderam num vale de abismos quase imperceptíveis, meu coração bate, descontente, à beira de um precipício, inerente, meu cerébro está inapto para pensar, a razão fui ao meu controle, nada mais está incólume, não há salvação, não para mim...
Fico tão preocupada com meus anseios, em divulgar e discutir conceitos, intituições falidas e idéias falhas, que não percebo a evidente, porém sutil, proximidade do fim. Torno-me cega, sem perspectivas ou objetivos reais.
Fiz-me hipnófoba, por medo dos pesadelos, não consigo ser realmente eloquente, sou abstrata, assim, em mim.
Sou como uma fabulista, só escrevo coisas que no fim, me ensinarão algo, terão alguma moral...
Tenho uma alma inexplorável, pratico atos inexpiáveis, com atitudes inexoráveis, como uma personalidade inexterminável, e textos inextinguíveis..

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