domingo, 27 de setembro de 2009

Brown Eyes

Sussuros, passos, é todo o som que o silêncio emite.
Não posso desviar os pensamentos dos olhos castanhos. que em suas pupilas desenhavam montanhas, sem desviar as atenções..
Cansara de se esconder em cantos escuros para chorar em paz. Ela tinha uma imagem meiga, frágil, pueril, até amável.
Paixões são mais perigosas do que andar na ponta dos pés? Segredos são tão bem guardados quanto corações puros?
Ela sangra apenas para anestesiar a dor. Girando, girando, girando, sem lembranças ruim, como se até o momento sua vida havera sido, uma sucessão de momentos perdidos.
Pisando em cacos do 3º espelho que acabara de quebrar, 21 anos de azar. Pequenos cortes não aliviam sensações, nada mais está intacto.
Tudo tocado pela ira das superstições.Insensata.
Ela era apenas mais uma garota atordoada com futilidades adolescente, apesar de odiar essa teoria.
Inúmeros pares de olhos a julgavam, verdes, azuis, acinzentados, negros, mas os olhos castanhos, que em suas pupilas desenhavam montanhas, eram tão onipresentes..
Fones de ouvido criavam a trilha sonora da vida que outrora sonhara com finais plenos e felizes.
É, e ela brincava com o aquilo que decretava seus 28 anos de azar.
1 a menos, 7 a mais, que diferença faz?
Andando sozinha, querendo dormir até morrer, mas não antes de entender o significado das palavras ditas pelo dono dos olhos castanhos, intensos, rasos que expressavam um mistério, no mínino, encantador.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

E daí se eu sofrer de novo? é o que eu faço melhor!


Sabe como é?
Essa sensação de fracasso constante. Como se tudo ao redor sufocasse?
Como se a sua vida não fosse mais sua, e todo mundo se sentisse no direito de opinar, e cada um d um jeito, do jeito q acha melhor pra si. E dane-se a dona da vida que todo mundo acha boa de criticar.
É como se tudo que eu fizesse fosse feito pra chamar a atenção dele. E NÃO É.
E daí que eu me arrisco na fé de não mais sofrer, a vida é assim, eu sou assim. E todo mundo deveria saber disso.
Não vou mudar, nem crescer. Deixa assim, deixa rolar, me deixa sofrer. Eu nunca me arrependo de nada, mas tudo o que eu faço, depois a pressão é tanta q eu acabo não fazendo de novo, mesmo q eu queira..
A vida inteira foi assim, o que eu não podia e devia fazer.
E fica todo mundo acompanhando, transformando a minha vida numa novela, aqueles dramas mexicanos movidos a lágrimas e reconciliações, eu não tenho mais paciência pra aturar o egoísmo de amiga carente, mesmo que ela seja aquela que idolatro.
Pois é. Minha frustrações não se resumem a frustrações românticas. Eu também tenho amigas complexas, ciumentas, arrogantes e individualistas.
Parece que eu estou crescendo, impondo minha voz, mas só em mente , e para os outros.
Não estou mais em ânimo de fingir sorrisos e abaixar a cabeça.
Dá vontade de gritar, deixa eu me ferras sozinha, de novo. Me espera correr de volta, pedindo perdão por ignorar, me deixa voltar entre lágrimas, pra ter o prazer de dizer "eu avisei".
Me deixa acreditar que pode dar certo, deixa eu me esforçar pra que dê certo. E se der errado, que seja.
Ele é só mais um cara, e que já esqueci (muitos) outros caras antes..

"É como se eu ouvisse duas músicas ao mesmo tempo e não conseguisse definir qual a melhor, é barulho demais pra levar alguém a sério"

terça-feira, 15 de setembro de 2009


-Oi?
-
oi
-O que houve?
-E
u.. acho melhor a gente não ficar mais.

E terminou assim, mais um relacionamento de menos de uma semana, é Sophia, você anda pior do que pensa. Sonhou tanto tempo com um namorado e agora está assim, acabando com tudo, você sempre foi tão egoísta,e é tão hipócrita ao ponto de nem dizer por que.
Pobre menino, achando que é tudo culpa dele, dissimulada, você aceita os depoimentos e recados apaixonados, ri das cartas. Como se fosse mesmo culpa dele, você nunca prestou. Deveria mudar suas palavras, você quer ficar com ele, mas não sabe se ele te perdoaria, talvez até perdoasse se você não tivesse se enrolado tanto.
Sophia, Sophia, você tem medo de ficar sozinha. deveria ter feito assim, um dia antes:
- Oii
-
oi
-tudo bem?
-não, eu tenho que te contar uma coisa.
- diga.
- Eu não presto, eu sou mais enrolada que rolo de barbante, você é legal de mais pra mim, o que eu fiz não tem perdão e eu realmente não espero isso, só não queria mentir pra você. Não suporto mentiras.
-Diz de uma vez.
-Sabe, eu fiquei com outra pessoa, eu es
tava bêbada, mais eu nunca usei isso como justificativa, mas eu só queria que você soubesse, eu não to me sentindo culpada, só me sinto mal por você, eu gosto de você, muito mesmo, mas se eu fiz isso é por que eu não gosto tanto assim. Me desculpa, mas é isso, e eu acho melhor a gente não ficar mais.

Ah! Soaria mais sincero do que terminar por nada e deixar o menino achando que é culpa dele. Agora já é tarde pra contar a verdade. E ainda dá esperanças, você aí, domesticando seus cachorrinhos, inconseqüente.Ele podia ter relevado ou não, pelo menos não ia remoer essa história o resto do ano. Eu já disse que você não presta?
Ah, coitadinha ta chorando, sofrendo, pára, ou vai borrar sua tão demorada maquiagem, anda logo, procura outro amor pra sofrer, goste de alguém que goste de você assim como ele gosta.
Mas sabe que não vai encontrar
? Você gosta de quem não te dá atenção, é gosta da solidão.
Fica aí chorando mais um pouquinho, entregue à companhia de
Maysa e Clarice, eu não me importo de te ver sofrendo com razão.Sophia, tah me ouvindo?
- Mas é claro, como vou te ignorar, é pode me deixar chorando, é melhor aqui no silêncio, não gosto do som da sua voz.
- Não gosta do som da sua própria voz?
- Não! Agora me deixa sozinha.
- Não posso..
- Então só fiquei quieta, me deixe quieta, nós duas pensando no que andamos dizendo.

Ali estavam, Sophia e Sophia, sensata e apaixonada, olhando nos olhos da verdade. É, ela já tem capacidade de magoar, antes não fosse capaz...