sábado, 31 de julho de 2010

Mr. Confusion


Era estranho pra Sophia. Tudo que lhe restava era um coração e uma pureza quase violada, e ele apareceu, ou melhor, se destacou, tão atraente e comprometido.
Tendo os olhos tão oblíquos e um sorriso que a deixava um pouco mais vulnerável. Ele a via, e tratava de um modo que talvez a convencesse de algo que sentisse, ou não. Ele lhe segurava as mãos, tocava seu rosto, abraçava-a com tanta urgência e aflição, que Sophia quis achar que era saudade. E talvez realmente fosse, mas acho que ele diria que não.
E era incapaz de deixar de pensar nas brigas que poderiam ter, no tempo em que permaneceriam abraçados, falando sobre ser um casal, ou quaisquer outros assuntos triviais. Imaginando como seriam felizes se não fosse o fato de existir outro alguém.
Mas acho que de um jeito estranhos, eram felizes, mas o medo de serem expostos e a culpa que vem depois, os torna um pouco taciturnos, quando não dispõem da companhia um do outro.
Mas eles se gostavam, claro que de modo desigual, porque ela era só dele, e ele nem era dela, mas era recíproco, creio eu.
Sem saber ao certo se é vaidade, vontade, desejo ou algo sincero. Mas causava alegria, euforia e incessante volúpia. Mas de modo incoerente ou não, ele a fazia feliz, e ela queria fazê-lo também.Porém, sabia muito bem que era a única que tentava. E o maior problema era esse, ela gostava dele, de um modo obviamente destrutivo.
E agora, ouvia músicas que nunca gostou, que falavam sobre um mundo que ela nunca quis fazer parte.
Não fazia questão de estar ali. Não queria vê-lo partir. Não queria ter que partir, não tinha escolha, ou opção, era só o que sabia sentir.

>> http://letras.terra.com.br/beeshop/942579/traducao.html

#Sophia não quer ser uma ostra sem pérolas.. =/

domingo, 18 de julho de 2010

Nosso Tempo.

E o tempo passa, e já faz tempo que te conheci. Tempo desde que comecei a te querer pra mim. E hoje faz ainda um pouco mais te tempo que fomos um do outro, não sei você, mas tudo o que eu tinha, era seu.
O meu olhar fitando os seus olhos, que sempre vi tão calmos e serenos, mas que vezes ou outra me fizeram chorar.
O que me deixou tão distante, desconfiada e taciturna, foi a nossa promiscuidade, que me inundava de um sentimento inconsequente em prol de um capricho incoerente.
Fomos nós mesmos que nos fizemos feridas tão permanentes?
Foi equívoco seu, não cumprir as promessas, ou meu, por acreditar?
Foi maldade sua, querer meu amor em conserva?
Perdoar é mais fácil do que esquecer, e eu esqueci, e por uma noite acreditei, que o que você tinha, era meu também.
Faz tanta falta o que sentíamos, ou fingíamos sentir. Disso e de você.
E toda essa comodidade não passou de ausência. E eu queria conhecer seu afeto, sua saudade, seu carinho, para acordar, e me encontrar, Trazer de volta ao menos os momentos mais felizes. Porque tudo o que eu tinha, ainda está contigo.
Mas se não se incomodar, queria de volta, porque faz tempo que deixei de te querer.E vejo que o nosso tempo, agora, não é mais. Porque prefiro a segurança de não mais, de tempos em tempos, te querer de volta.

sábado, 3 de julho de 2010

Sobre ter..

Eles brigavam demais, mas se amavam. Tinha uma energia muito boa entre eles, passavam a imagem quase perfeita de um casal feliz.
Se viam a cada duas horas, e nem mesmo a monotonia de estarem sempre perto os deixava entediados de se fitarem a todo momento.
Desde o momento em que ele sem querer, esbarrou nela, e foi amor a primeira vista, ou a ao primeiro toque, e se amavam, a cada dia, as vezes ferozmente, ou delicadamente, se amavam, e seguiam assim, porque o que sentia ultrapassava as barreiras do que eles chamavam de perfeito, o amor não eh perfeição, a perfeição é criação dos homens, o que existe é o esforço, e eles se esforçavam para serem o melhor, um para o outro.
E foram tantas as vezes que ele a deixou, com a cabeça recostada no travesseiro, com sonhos tão delirantes, e se perdeu na janela.. em meio a fumaça do cigarro que ela odiava.. apesar de cultivar o mesmo vício, ela preferia o gosto de menta o gosto de algo que ela sabia que os ia matar.
Mas era um amor sincero, ele se prendia aos métodos de uma vida quase saudável, regada a sucos naturais e verduras, enquanto ela se perdia e preferia vodka e biscoitos recheados. E se houvesse um fim, eles queriam que restassem ao menos lembranças boas ao invés de somente saudades, e tudo o que ele disse à ela, na noite em que a deixou pra sempre, mesmo sem querer, foi que o amor que sentiam, ultrapassariam as barreiras daquilo que inocentemente chamavam de vida, e ela soube, que aquele abraço ao pé da cama, era o último, porque ele brigava não por ela, mas por ela, porque ela, não queria mais, e ele ainda esperava muito.
Ela queria mais liberdade, e ele esperava mais amor, e por fim, ela chorou, porque ele a compreendeu, e por amor, a deixou, com raiva e pesar, mas deixou, e o coração que se apertou foi o dela, por perder tanto amor assim, de uma vez..
Ela tinha a mente no lugar, e o coração nas mãos dele, tudo que tinha era um vazio no peito, e lágrimas nas maçãs do rosto. Ele não quis terminar, preferiu só partir. Porque ela havia jogado o amor dele no chão, no entanto ele, ainda mantinha intacta a lembrança do som da risada dela, e o coração que ela havia inconscientemente entregue à ele, nas mãos.