domingo, 23 de maio de 2010

Sobre amadurecer..


Eu cresci.. Eu sei que cresci. Não acredito mais em amor eterno, e na força da promiscuidade.
Sou mais seletiva agora, como um amigo me disse pra ser. Eu não sou mais tão indecisa. Porque eu era, bem mais do que hoje. Não sabia de quem gostava, do que gostava. E agora, eu não sei quem sou. Mas sei quem não sou.(sou tão clichê)
Eu aprendi a gostar de quem gosta de mim, mas aprendi na hora errada.. Porque depois de tudo que eu já fiz, nem eu gostaria mais de mim.
Mas meu bem, eu gosto, e muito de você, gosto mesmo, e agora eu sei..
Mas veja bem o que fiz, te traí, te troquei por outro. Maldita indecisão que me tornou mais sozinha do que eu já era.
Você me amava, e não soube te amar de volta.Até porque nunca sei. Nunca quis partir corações, mas o faço sem querer, inconsequencia sabe como é?
Burrice de infância travestida de maturidade, eu não era madura, e nem sou ainda. Mas eu me esforço sabe, e queria que você gostasse mais de mim.
Eu mudei, não saio mais com as mesmas pessoas, não bebo mais(tanto) quanto antes, nunca mais peguei num cigarro depois daquele dia.
Agora que eu pareço ainda mais criança, com latinhas de chá gelado e balas cor de rosa com muito, muito açúcar, cresci.
Amadureci eu acho, disseram que tinham medo que eu tivesse a mentalidade de uma menina de 15 anos, mas eu cresci, e sou tão feliz agora.
Agora eu estou mais serena, embora desaforada e sem toxinas.
Sou mais eu, mais corajosa, mais impulsiva, menos medrosa. E agora eu não tenho mais medo de te amar de volta.
Deu vontade de voltar e ficar mais tempo junto, deu vontade de recomeçar a nossa história e levar até o fim.
Deu vontade de voltar no tempo e não te deixar escapar. Porque o que sentia por mim era tão sincero que eu tive medo de não saber corresponder, e eu não sabia, e nem sei se sei agora.
Mas sei que estou caindo de amores por ti, como estive por tantos outros antes, outros esses que não corresponderam. Mas enfim, é triste.. mas eu queria te ter comigo, te ter pra mim, porque ainda te gosto, e muito, e queria que você também gostasse de mim, apesar de eu achar que não gosta. Até porque.. quem gostaria?
Agora pra terminar esse maldito lamento(como ando chata esses tempos), só queria dizer que eu cresci, e queria muito ser sua menininha. Porque sabe.. eu gosto de você, só de você, mais ninguém, e isso é um sentimento inédito na minha vida.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Sobre o filme..


Sábado vi 'O casamento do meu melhor amigo' e acreditem ou não.. pela primeira vez..(Lançado em 1997)eu chorei vendo comédia romântica.. Chorei nos momentos mais hilários, onde o (genial!) amigo gay George, manifestava sua opinião. Por que eu chorei? Nem eu sei direito.

Acho que foi porque eu me identifiquei.. me vi na mesma situação, explorando todos os ângulos.

Ela gostava dele, e ele não gostava mais dela.. E eu tive tanto medo, de que quando eu amasse mais ainda meu garoto ele não gostasse mais de mim e ainda me visse como uma amiga capaz de ajudá-lo.. E eu ajudaria, apesar dos meus defeitos, sou uma boa amiga.
Enfim, o filme é lindo, perfeito, a história da minha vida protagonizada por Julia Roberts é tudo que eu sempre quis.
Mas eu estou até agora impressionada com a quantidade de lágrimas que derramei assistindo.
Enfim, o que eu quero dizer é, já passei por algumas, pra não dizer muitas decepções na minha vida. E por incrível que pareça nunca desmanchei ou evitei a amizade com algum desses que me fizeram menos segura. Talvez por quere-los ainda por perto, sabe, não abrir mão desse amor tão rápido, superar tão rápido. Além da minha eterna atração por histórias trágicas.
Porque sempre que alguém se aproximava de mim, alguém disposto a ser meu amor.. A me amar como deveria ser, eu fugia, simplesmente fugia, como a moça do filme, mas nunca quis abrir mão, mantendo a amizade, apaixonada sem saber.
Sempre foi assim, e eu nunca quis mudar. Mas agora eu preciso.E quero.
Eu quero ser feliz sabe como é? Crescer.. esses dramas trágicos, não são pra mim, não quero mais magoar, nem ser magoada.. Só se for de surpresa.
Eu queria mesmo é que meu garoto ainda gostasse de mim, não quero o final do filme. Quero meu final. Mesmo odiando conto de fadas (Só 'A Bela e a Fera', como eu amo essa história) ainda quero um final feliz.
Pra mim, e pro garoto da carta. Se ele ainda quiser. É claro.

domingo, 9 de maio de 2010

Sobre sentir..

Ela estava confusa, coisa demais na cabeça., gente demais na cabeça.
Tinha aquele que ela gostou a muito tempo atrás, o que ele conheceu outro dia, aquele que gosta dela, aquele que diz que gosta dela, aquele que ela vê todos os dias, aquele que ela odeia mas que ainda tem um sentimento.
'Mas que merda Sophia'. A voz que nunca cessava.. dizia que estava errada..
'Por favor, pára, garotas que pensam em dois, sofrem por três' E ela sofria mais, bem mais, sofria por si, por eles, por quem assistia, sofria por todo mundo. Não sabia amar, mas sabia sofrer, e como sabia. Pensava, sonhava, sorria, chorava, momentos intensos, sentimentos extremos.
Pernas tremulas, mãos suadas, coração acelerado, mente descompassada, alma abandonada.. os sintomas perfeitos de um amor que ela não sabia sentir, mas que conseguiria um dia, afinal, chega um momento na vida em que ela tem de enfrentar tudo com o que não sabe lidar. Inocente e incapaz.
Sem idade pra brincar, cansada de fingir. A voz no ouvido esquerdo. Confusa, distorcida e distante.
Os batimentos cessam, a mente para, os pensamentos somem.
Correndo pelos caminhos tortuosos, onde queria voltar, voltar com ele, pra ele, por ele. Sendo 'ele' quem quer que fosse, ela queria voltar, mas era um desejo semelhante ao de não ter crescido.
Com ou sem ele, permanecia apática, amedrontada, sonolenta e pueril, como sempre, pueril.
'Na sua cabeça cabem vários, no seu coração só um. A pergunta é, você prefere sentir ou pensar?'
Já que não sabia sentir e era boa em pensar, vai levando assim enquanto o coração, e a mente, suportarem.

terça-feira, 4 de maio de 2010

Sobre uma amiga..


Eles eram um casal fofo, eu achava, tomavam sorvete de chocolate e se amavam, eu sempre achei, ele mais do que ela sabia admitir e podia compreender, mas eram felizes.
Ela não suportou, não sei muito bem o que, mas ela não podia mais levar, simplesmente não podia, não que não quisesse, ela queria, ainda quer, ela o ama, sempre amou, ama ainda, é sincero, eu sei, mas naquele tempo, ela não podia mais. Talvez fosse jovem demais, compreensiva de menos, porém gostava dele, eu sei que gostava, e gosta. E eu adorava observar.. os ápices de alegre por ele ter ligado. Era lindo. E acabou.
Ela seguiu em frente, ele seguiu em frente, com o amor sufocado no peito, mas seguiram em frente, sentiram o gosto amargo de beijar outras bocas, que jamais lhe proporcionariam o mesmo prazer que sentiram quando eram só os dois, outros abraços, sem nada sentir.
Procurando em outros corações uma resposta pro amor que ainda tinham e que não podiam dar pra quem merecia.
Eles eram um do outro, mesmo quando outro alguém se interferia na equação perfeita do amor dos dois.
Porque tinha que ser amor, ainda resta alguma duvida de que o destino os queria juntos?
Até que um dia, um dia qualquer, ela não se lembra bem qual, ele veio, disse 'oi', começava tudo de novo, ela tinha medo, e ele receio, eu sentia, mas também tinham amor, e quando se ama meu bem, não há tempo pra sofrer..
Tomem sorvetes, assistam filmes, sejam rudes quando necessários, porque nem só de delicadezas vive o amor, um amor fino como o de vocês bate forte o coração, acelera a vida, engrandece os sonhos, por favor amigos, não jogue sentimentos e alianças pela janela, porque podem se perder pra sempre, num abismo de amores falhos, sem inícios reais e finais sem sentido.
Hoje ou ontem, não me lembro bem, atentei pro fato de que minhas historias tem finais infelizes.. as pessoas se prendem aos amores que fazem mal.
Mas vocês amigos, deixo o resto da história em branco, sem final, só reticências.
Porque sabe amiga,seu amor de tantas rugas, tem que ter o seu lugar...

sábado, 1 de maio de 2010

Seu coração tá apertado, perdido em meio a tanto espaço, tá sozinho, tá infeliz. Vai levando a vida ao esmo, e não sabe pra onde ir, seu coração tá solto, nos caminhos que ele não sabe seguir. Coração estúpido, coração cansado.
Peito arfante, pulso imperceptível. Coação parado, olhares afastados.
Sentados no bar vendo casais apaixonados, amigos enturmados, famílias felizes.. Estavam distantes. Em mesas sozinhas em cantos do bar. Pareciam brigados, e por vezes seus olhares se encontravam por 5 segundos, se muito. E uma brasa de amor se acendia e acelerava e aquecia aos corações, por 1,2,3,4,5 segundos e se esvaneciam em cinzas.. renascendo como fênix a cada olhar desencontrado. Aquilo era amor? paixão? não. era mais.. era destino.
Ele tinha que estar ali, ela tinha que estar ali, ela com sua taça de vinho e ele com seu copo de uísque.
Ela estava taciturna demais pra permanecer no vinho,recorreu vodka, conhaque. E ele a observava e se apaixonava, nunca tinha visto uma garota com coragem de se embebedar sozinha, e sem saber o que estava fazendo.
Ele a observava a dez metros de distância. Quando ela começou a brigar com o barman ele ficou preocupado, pediu dois martinis e foi a seu encontro:
-Moça, aceita? apesar de achar que deveria parar de beber.
-Obrigada.- e sorriu
Foram embora abraçados. Ele a deixou na porta de casa.
-Tudo bem? Pode subir sozinha?
Ela ria, e ria muito, aquele cavalheirismo lhe era estranho.
-Amor, eu posso muito bem ir sozinha. Desde que te conheço você vem até mim, com esse ar de preocupado achando que eu bebi demais...
-Mas você bebeu demais.
-Achando que eu vou ter perdoar.. até porque eu sempre perdoo..
-Não gosto quando você bebe, seus olhos alegres que refletiam os meus ficam tristes, você fica com um ar triste, e a sua tristeza, não me conforta.
-Pra minha tristeza acabar, amor, basta me fazer sofrer menos.
-Eu prometo. - e a abraçou.. e ela o beijou.
Ela queria acreditar, chorou, só podia contar mesmo com a companhia da solidão e da insensatez de seus sentimentos, porque sim, ela sabia que ele mentia, sabia que mentia, e não fazia questão de mudar.