terça-feira, 10 de março de 2009


Saí de casa cedo e quis voltar pouco depois
Mas da vida até a morte só se pode andar pra frente
Demorei pra ver beleza na distância entre nós dois
Precisando o que ganhei, o que perdi, inutilmente.
Odiei-te pra não te esquecer, equivoco tolo
Pra não te apagar da mente, te perverti com ira
Quis na sua mediocridade encontrar consolo
Não choro mais por ti e, agora sim, se retira.
Não te relevo, redimo ou perdoo
Mas quanto menor fores não me farás maior
Jogo-te ao vento, ao relento... enfim, vá!
Não te quero o melhor nem o pior
Já não me enterro contigo, empresto a pá.
Ontem acordei e vi a luz de um novo dia
O sol se abriu, a vida voltou a rimar
Quem me vê, quem me via, quem diria?
Rindo de novo da vida, mesmo sem te amar.
Ainda não estou pulando de alegria
Nem vendo a vida em cores, cantarolando
Mas estou ganhando aos poucos o que antes esquecia
Meus amigos, minhas paixões.
Agora sei por onde ando.
E, apesar de você, ainda amo. Veja só que doce ironia!

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