segunda-feira, 20 de junho de 2011

Um amor do tipo mortal...


"Não quer fincar os pés num amor do tipo mortal
Desses que tem começo, meio e quase sempre um triste final..."
(Ele se sente só-Megh Stock)


Há algumas noites atrás eu mal conseguia dormir, acordava assustada, com o coração acelerado, o peito arfante, quase sem ar, suando frio, com medo do escuro... Achei que estivesse doente, dessas viroses que atingem e assolam no meio da noite, eu poderia estar enlouquecendo, pensei, com tantas imagens na cabeça, dos erros, das falhas, das mentiras e cada detalhe que eu pensava me doía muito mais do que no momento em que aconteceram... Eu lembrei do verde do sítio em que bebi mais do que deveria, da balada de natal, em que bebi mais do que gostaria, lembrei dos meus copos largados no chão e do dia mais perfeito que passei ao lado dele e que queria que fosse pra sempre, e é.
Eu não estava bem, pensei que talvez os sentimentos devessem ser menos dolorosos, a falta menos densa, e pensei que talvez fosse só cisma minha, teimosia, de querer passar por qualquer obstáculo para dizer que estava apaixonada por alguém, é certo que um dia estive, e mesmo que não seja igual agora, acho que se parece como uma maldição que desperta quando eu não faço tanta questão.
E eu fico pensando que nessa noite, em que não dormi nada bem, só com imagens dele na minha mente, se na ultima vez em que nos vimos, se ele não me quer ou se me quer demais, tudo leva à primeira opção, e sempre que beba eu fique querendo saber dos motivos dele, e me doam ainda mais o fato de que ele não queira satisfazer a minha curiosidade, dói mais do que a verdade, pois talvez ele não queira que eu sofra demais, ou quem sabe nem se importe com o que eu sinto, ou deixo de sentir.
eu chorei tanto, de saudade, de dor, de tudo um pouco e acordei tão leve, tão livre. Desintoxicada, eu disse pra mim mesma, e me convenci disso, e tive certeza quando vi a foto dele , o vi entrar no msn e tudo mais, eu quis dizer "Oi, sonhei com você", mas eu não fiz, não sei se por orgulho e desintoxicação real, sei que não me doeu tanto o silêncio, nem a falta no fim de semana, bom seria se fossemos amigos, mas falta a mim discrição e a ele delicadeza, e enfim, agora é só continuar acreditando e quem sabe um dia, meu coração se convença por completo e seja verdade, verdade mesmo, sem pequenas exceções pra me confortar, quem sabe um dia não se torne apenas uma memória, uma lembrança, que possa me enlouquecer em algum momento no tempo que ainda a de vir, mas que seja apenas uma ferida, que faça cócegas quando eu sair ao sol, mas que me desperte apenas os momentos bons, que quando se trata de mim, e dele, foram raros, mas lindos.

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