domingo, 5 de julho de 2009


Uma viagem de devaneios do presente ao infinito
Procurando o início de um novo fim
Ansiando o relato de uma estrela que nos ensina até onde devemos chegar

E se o nada e seus ideais por nós pairar
E se o nada estiver destinado a ser tudo o que teremos
Será que o destino é mesmo irônico e tudo está realmente escrito
Ou será que o nada é a única certeza

Bem perto da confusão da mente de um ser
Quando as palavras esvanecem-se em frustração
E não há mais resquícios de coerência
Quando pensamentos chocam-se sem lugar para cair
Enquanto nenhum som de palavras soe coeso
Sem poder entrar no recanto mais profundo da biblioteca de nossos pensamentos
Trancando as frases que mais nos inspiram
Perto da insanidade, e bem longe da dor lírica e satírica da eloquência

Você de repente não estranha de ser você?
Quando as mão soam frias
E o peito fica arfante
Porque as ilusões não dignaram-se a te seguir pelos caminhos
Que Alice se esforçou para encontrar
E seus olhos fitam no espelho, um novo rosto da falência indecifrável e irreconhecível
E você encontra dentro dessas pupilas dilatadas
A cicatriz nesta face de um mundo tão mesquinho
Você admira o reflexo de quem chora com as melhores coisas da vida

O medo permanece nas mentes, e as dominando o tempo todo
As canções acalentam quando os sonhos estão vazios
E os corações quebrados, jogados ao chão
A verdade da liberdade nos cerca como frutos indignos de corações obscuros
O ódio nos aceita como filhos da imundície abandonados por aquele afeto
Tão cheio de amparo que encontrávamos dentro de nós

Deixemos de acreditar na imagem de brinquedos tortos procurando aceitação
É impossível enxugar as lágrimas que não vêem

Ou o momento de verdade em suas mentiras
Sim, você sangra apenas para saber que está viva

E em um conto de farsas tão lúcido
nosso final pode não ser tão feliz assim
Já que somos vulneráveis ao ponto de nos perdermos na mentira
de almas mortas e corpos crus.

Co-autoria: Rívia Petermann
Texto escrito como trabalho de Filosofia sobre temas que nós preferimos não ressaltar tanto no texto

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