sábado, 11 de junho de 2011

Dia dos Namorados.

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Um dia como outro qualquer, além do fato de que por quase um mês que antecede a bendita data as vitrines se enchem de coraçõeszinhos, fotos de casais felizes, uma euforia afetiva raríssima em quaisquer outras datas. Mas tudo bem, eu superei o meu impulso quase incontrolável de comprar um presente bom demais para alguém que sequer cogitou em me dar qualquer coisa de presente. Mas é assim, como tudo que eu escrevo, é um dia pra refletir e aperfeiçoar a minha dor de cotovelo, porque desde que sou eu, nunca passei uma dia dos namorados que fosse com algum namorado, nunca sequer ganhei algum presente, é triste, mas é fato. Eu queria muito ser a razão da vida de alguém, sua querida, sua amada, alguém digno de receber canecas de coração, copos com lamentações de distância, não que eu seja muito fã dessas demonstrações exacerbadas de afeto, eu queria ser importante para alguém, de um modo emocionalmente amoroso.
Mas tudo o que eu tenho nesse 12 de Junho, é a solidão costumeira, 7 DVD's pra assistir, a relutância em beber qualquer coisa que contenha álcool, pra poder evitar ainda de fazer uma ligação. Porque eu sou idiota ao ponto de ligar dizendo: "Oi, quase comprei alguma coisa pra você", pra ouvir o silêncio de constrangimento do outro lado da linha, que mesmo sem palavras soa como"Eu não amo você, eu nao quero você." E vai doer, machucar, ecoar na mente,bater no coração. Não é fácil, querer viver um sentimento e não ter espaço, não ser recíproco, com os erros doendo e ardendo na face, as verdades marcando o corpo. Essa é a data que mais me dói, não por estar sozinha, mas por ter a esperança de estar ainda, com alguém.
Esperar que alguém ligue dizendo que tem um presente, que vai fazer uma visita, que sente saudade e que é um dia especial pra se dizer "Olá", contar que a saudade apertou e que precisava ouvir minha voz, que se não fosse pelos equívocos do destino seria o nosso dia também. Esperar que alguém chegue correndo pra dar o abraço mais confortante e o melhor beijo da minha vida. Se fosse assim, um dia pra se trocar presentes e barras chocolate com declarações de amor, um dia pra se alimentar esperanças, ilusões, esperar que coisas inesperadas e improváveis aconteçam, é isso que me dói no dia dos namorados, não é a solidão, nem a rejeição, são as minhas loucuras, de achar que alguém vai me ligar no meio da noite, ou de manhã pra dar bom dia, ou de tarde pra dizer que me busca e que iremos pra qualquer lugar, é essa minha espera por qualquer mensagem, qualquer recado, telefonema 0u o que for, é isso que me cansa, a vontade, a saudade, a ansiedade, me doem os silêncios onde deveriam existir momentos. Me doí a falta, a ausência e antes fosse inexistente, que assim então, eu não sentiria nada, só a bebida garganta abaixo e a fumaça do cigarro no ar, só paz, só os vícios, sem chorar, sem sofrer, sem amor.

Um comentário:

  1. Complicado mesmo. Esperar algo que não vai acontecer. Mas um dia você vai passar o dia dos namorados ao lado de uma pessoa que te surpreenda e te faça sentir especial.
    Quando for assim.. sair com as amigas solteiras é uma boa escolha, ahaha.
    Se cuida!

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