domingo, 20 de março de 2011

Você quer ser a escolha ou o que sobrou?


E hoje mais do que nunca eu quis ser de verdade, ouvir música de verdade, me perder nos estilos afora, beber garrafas adentro, fumar cigarros aos montes. viver mais do que os 17 anos de vida recomendam. Mas eu nunca entendi muito bem essa minha necessidade de fases, rótulos, quando eu quiser "emo" (haha), punk, roqueira, gótica, revoltada, skatista, hippie, indie, e tudo mais, uma infinidade de inconstâncias que eu mal tive tempo de atravessar com calma, tantas eram elas..
Mas enfim, em algum momento da vida, eu me encontrei bossa nova, mpb, country e rock'n roll.
Agora tenho toda minha liberdade, libertinagem e inconsciência de ser feliz.
Mas eu nunca soube muito bem, o porque dessa necessidade de se aprisionar em rótulos, ou isso, ou aquilo, incapaz de conter dois conteúdos diferentes, inteligência com funk, ou burrice com rock. Todo mundo gosta muito de alimentar seus preconceitos, mesmo dizendo que os detém, eu tenho os meus, na minha percepção são poucos, mas estão ali, são inevitáveis, mas eu evito julgar a partir deles, não gosto de generalizações, preposições fáceis, o mundo vai além de toda essa nossa vã ignorância. As pessoas se perdem dizendo que gostam de determinada vida, de determinado vício, estilo, tribo e tudo mais, quando na verdade somos apenas seres humanos, sujeitos às intempéries da vida e dissonâncias do destino, nada é eterno, como os rótulos são só pra especificar, quando o que vale mesmo é a surpresa, a inconstância e importância das falhas assumidas e dos ecleticismos constantes.
Por muito tempo eu tive medo, se ser estranha, diferente e sozinha, mas hoje ouvi "Flor e espinho" e soube então que não importa o quanto eu queira me adequar às normas, ser comum, usual, normal mesmo seguindo o fluxo que levaria a diferença. Cultura de massa aliena, condena, mais vale ser raro, caro, esperado, aguardado, do que peça de liquidação.

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