terça-feira, 29 de novembro de 2011

Nostalgia

Há pouco tempo atrás eu ainda sentia saudade
que é toda essa loucura de vontade e esperança
De perda e desejo, de querer de volta, e achar que ainda tem jeito.
Achar que ainda tem volta.Eu ouço "Dois sorrisos" e lembro de você, eu ouço "3x4" e lembro de você, eu ouço "luxúria, e penso que nunca gostei de alguém como de você.
Era tipo amor sabe, sem as impresibilidade das paixões, era calma, alma, erámos nós. Como disse, algo entre gostar mais do que deveria e amor incondicional. Era assim.
E no final, virou saudade, as nossas músicas já incentivavam as lágrimas, nossas fotos não eram mais tão lindas como em outrora foram pra mim.
E você vai tão feliz sem mim, e eu tão sozinha sem você, chorando com "A Bela e a Fera", esperando que você supere seus medos, que encare as pessoas de frente, por mim.
Que fizesse algo por mim, sentisse algo por mim. Eu já não consigo mais. Dói sabe. Meu rosto inchado, os olhos vermelhos, quero continuar bonita, continuar andando.
E se ainda assim, você ficar pra trás, o nosso "nós" ficar pra trás, o meu amor vai ficar também. E se for pra se perder no passado. Que não volte, não mais nossa fofura vai me encantar, ou suas piadas e seus talentos fálicos.
Que seja o fim, e não retorne, e se não há "mais uma vez" será nostalgia.
Ah, mas que triste nostalgia de você..

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Só não sentia mais nada.



Há muito tempo Sophia era dessas garotas que se apaixonam facilmente, com um beijo, um abraço, uma frase ou o que for. Mas era frágil, chorava facilmente, tentava sempre agradar, evitava brigas, fazia de tudo pra ser boa naquilo que era, mesmo que não soubesse o que era, namorada, ficante ou amiga. Mas sempre queria que gostassem dela, e por um tempo até gostavam, mas talvez fosse boazinha demais, ninguém se interessava pelos seus defeitos, era sozinha, mal amada, por fim, abandonada, e todos diziam o quão perfeita ela seria, o quão boa e bonita ela era, mas não era digna de um sentimento que fosse recíproco, e doía, e muito, E ela chorava toda noite, quase sem ar, acordava com o olhos inchados e olheiras tão fundas quanto a melancolia que a tomava. Acabava escrava de remédios demais, álcool demais, cigarros demais, vergonha de menos, promiscuidade a mais, uma falsa superação. Dizia que não lembrava, até ter a primeira recaída e dali decair aos poucos, fechando a humilhação com mensagens bêbadas, impulsivas, telefonemas tristes, sadicamente engraçados. Disfarçava a tristeza no humor, dizia que não se importava enquanto sofria num canto qualquer, e se doava num lugar qualquer, beijava um garoto qualquer, era de fato, uma garota qualquer.
E talvez por cansaço, porque sim, estava exausta de rastejar, de sofrer, chorar, ficar horrorosa por não saber conquistar.
Assim parou. Parou de gostar, como se tivesse de fato esquecido, e se não era exatamente isso, era como ignorar, os vícios ajudavam a manter tudo longe, bem longe e indiferente, não ouvia mais as desculpas e nem sentia as lágrimas do seu coração, era forte agora, era fria, sozinha, não chorava mais, não procurava mais, não que não quisesse, pois queria, desesperadamente ela queria, amar alguém e ser amada, beijar alguém e ser beijada, desejar alguém e ser desejada, mas não era fácil assim, a reciprocidade não era seu forte. Se esforçava pra ser boa filha, boa amiga, boa irmã, porém não era nada além. Por vezes só queria um copo, um cigarro,uma boa música e um bom livro pra acalmar, pois já não tinha medo, nem insegurança, nem impulsividade, nem alegria, agonia, nada, não tinha nada, não que não amasse mais, só não sentia mais nada.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Um amor do tipo mortal...


"Não quer fincar os pés num amor do tipo mortal
Desses que tem começo, meio e quase sempre um triste final..."
(Ele se sente só-Megh Stock)


Há algumas noites atrás eu mal conseguia dormir, acordava assustada, com o coração acelerado, o peito arfante, quase sem ar, suando frio, com medo do escuro... Achei que estivesse doente, dessas viroses que atingem e assolam no meio da noite, eu poderia estar enlouquecendo, pensei, com tantas imagens na cabeça, dos erros, das falhas, das mentiras e cada detalhe que eu pensava me doía muito mais do que no momento em que aconteceram... Eu lembrei do verde do sítio em que bebi mais do que deveria, da balada de natal, em que bebi mais do que gostaria, lembrei dos meus copos largados no chão e do dia mais perfeito que passei ao lado dele e que queria que fosse pra sempre, e é.
Eu não estava bem, pensei que talvez os sentimentos devessem ser menos dolorosos, a falta menos densa, e pensei que talvez fosse só cisma minha, teimosia, de querer passar por qualquer obstáculo para dizer que estava apaixonada por alguém, é certo que um dia estive, e mesmo que não seja igual agora, acho que se parece como uma maldição que desperta quando eu não faço tanta questão.
E eu fico pensando que nessa noite, em que não dormi nada bem, só com imagens dele na minha mente, se na ultima vez em que nos vimos, se ele não me quer ou se me quer demais, tudo leva à primeira opção, e sempre que beba eu fique querendo saber dos motivos dele, e me doam ainda mais o fato de que ele não queira satisfazer a minha curiosidade, dói mais do que a verdade, pois talvez ele não queira que eu sofra demais, ou quem sabe nem se importe com o que eu sinto, ou deixo de sentir.
eu chorei tanto, de saudade, de dor, de tudo um pouco e acordei tão leve, tão livre. Desintoxicada, eu disse pra mim mesma, e me convenci disso, e tive certeza quando vi a foto dele , o vi entrar no msn e tudo mais, eu quis dizer "Oi, sonhei com você", mas eu não fiz, não sei se por orgulho e desintoxicação real, sei que não me doeu tanto o silêncio, nem a falta no fim de semana, bom seria se fossemos amigos, mas falta a mim discrição e a ele delicadeza, e enfim, agora é só continuar acreditando e quem sabe um dia, meu coração se convença por completo e seja verdade, verdade mesmo, sem pequenas exceções pra me confortar, quem sabe um dia não se torne apenas uma memória, uma lembrança, que possa me enlouquecer em algum momento no tempo que ainda a de vir, mas que seja apenas uma ferida, que faça cócegas quando eu sair ao sol, mas que me desperte apenas os momentos bons, que quando se trata de mim, e dele, foram raros, mas lindos.

sábado, 11 de junho de 2011

Dia dos Namorados.

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Um dia como outro qualquer, além do fato de que por quase um mês que antecede a bendita data as vitrines se enchem de coraçõeszinhos, fotos de casais felizes, uma euforia afetiva raríssima em quaisquer outras datas. Mas tudo bem, eu superei o meu impulso quase incontrolável de comprar um presente bom demais para alguém que sequer cogitou em me dar qualquer coisa de presente. Mas é assim, como tudo que eu escrevo, é um dia pra refletir e aperfeiçoar a minha dor de cotovelo, porque desde que sou eu, nunca passei uma dia dos namorados que fosse com algum namorado, nunca sequer ganhei algum presente, é triste, mas é fato. Eu queria muito ser a razão da vida de alguém, sua querida, sua amada, alguém digno de receber canecas de coração, copos com lamentações de distância, não que eu seja muito fã dessas demonstrações exacerbadas de afeto, eu queria ser importante para alguém, de um modo emocionalmente amoroso.
Mas tudo o que eu tenho nesse 12 de Junho, é a solidão costumeira, 7 DVD's pra assistir, a relutância em beber qualquer coisa que contenha álcool, pra poder evitar ainda de fazer uma ligação. Porque eu sou idiota ao ponto de ligar dizendo: "Oi, quase comprei alguma coisa pra você", pra ouvir o silêncio de constrangimento do outro lado da linha, que mesmo sem palavras soa como"Eu não amo você, eu nao quero você." E vai doer, machucar, ecoar na mente,bater no coração. Não é fácil, querer viver um sentimento e não ter espaço, não ser recíproco, com os erros doendo e ardendo na face, as verdades marcando o corpo. Essa é a data que mais me dói, não por estar sozinha, mas por ter a esperança de estar ainda, com alguém.
Esperar que alguém ligue dizendo que tem um presente, que vai fazer uma visita, que sente saudade e que é um dia especial pra se dizer "Olá", contar que a saudade apertou e que precisava ouvir minha voz, que se não fosse pelos equívocos do destino seria o nosso dia também. Esperar que alguém chegue correndo pra dar o abraço mais confortante e o melhor beijo da minha vida. Se fosse assim, um dia pra se trocar presentes e barras chocolate com declarações de amor, um dia pra se alimentar esperanças, ilusões, esperar que coisas inesperadas e improváveis aconteçam, é isso que me dói no dia dos namorados, não é a solidão, nem a rejeição, são as minhas loucuras, de achar que alguém vai me ligar no meio da noite, ou de manhã pra dar bom dia, ou de tarde pra dizer que me busca e que iremos pra qualquer lugar, é essa minha espera por qualquer mensagem, qualquer recado, telefonema 0u o que for, é isso que me cansa, a vontade, a saudade, a ansiedade, me doem os silêncios onde deveriam existir momentos. Me doí a falta, a ausência e antes fosse inexistente, que assim então, eu não sentiria nada, só a bebida garganta abaixo e a fumaça do cigarro no ar, só paz, só os vícios, sem chorar, sem sofrer, sem amor.

sexta-feira, 10 de junho de 2011


Agora, na minha opinião, esse preconceito é mesmo necessário? Tudo bem que existem muitas coisas além da PL 122, eu sei de seus benefícios, mas é por conta desse fanatismo religioso que ela existe, pra imprimir objetivamente na lei que é errado o preconceito contra homossexuais, porque não se pode ignorar que todos somos cidadãos e que o preconceito só deturpa a visão de todo uma país. Um país visto mundialmente como acolhedor, liberal, festivo, mostrado taxas absurdas de homícidios por motivos e razões tão futéis. "Amai-vos uns ao outros", não foi esse o ensinamento? eu não sou religiosa, nunca fui, mas não creio que o preconceito seja uns dos fundamentos do Cristianismo. De que adianta apedrejar um conceito? Isso não muda a opinião de quem já se assumiu, cada um tem o direito de defender Deus ideais, suas opções, seus conceitos, não cabe a um pastor criticar a opinião de alguém, e se usam tanto o nome de Deus, deixe que Ele no final, julgue quais foram os pecados de cada um.
O kit Gay nas escolas, nunca tece como objetivo converter a sexualidade de nenhuma criança, nem corromper sua inocência, é apenas uma questão de mostrar que o homossexualismo tem que ser visto como algo comum, tenho muitos amigos bissexuais, e tenho que respeitá-los, é uma questão ética, quando se cultiva muitos preconceitos acaba sem ter com quem conversar, a não ser um grupo seleto de pessoas que também se isolam nos mesmos moldes intolerantes.

domingo, 8 de maio de 2011

Porto.


Eu passo dias ouvindo as músicas com as quais crio as mais inusitadas situações, desde um buquê de flores, pedras na janela, noites de amor à luz do luar, e enquanto as músicas tornam a minha insanidade ainda mais palpável e todas as minhas ilusões mais próximas, eu caminho sem rumo, sem destino, com o coração acelerado, com saudades latentes, lágrimas contidas, perdendo maços e maços pelo trajeto até me perder de vez.
Eu queria mesmo um lugar pra chamar de porto, sem medo, porque mesmo que não se veja eu tenho medo, eu sou frágil, tanto quanto um cálice de cristal, e eu não conseguia encontrar meu porto, porque não conseguia me resguardar dos, ou para, meus maus hábitos para seguir em frente, anestesiada, bêbada, insone, com o peito arfante, sem nenhum ombro pra me apoiar, nem um ouvido a me prestar um sussuro, sem lábios pra tocar nos meus, e me fazer mais calma.
Eu desejei algo tóxico, e letal, que me matasse os germes, os erros, as falhas, pra que não me doessem tanto as conversas de antes, as palavras de antes, os telefonemas de antes e o silêncio de agora, eu, que procurei sentir bem mais, sentir de verdade, esperei sinceridade nos outros olhos, enxerguei algo que não o era, e que significa apenas que havia algo, disforme, sem definição, nem sentido, mas algo, que talvez fosse bom, ou ruim, mas era alguma coisa.
E agora, agora não resta nada, só maços perdidos, minha alma perdida, a perdição de algumas conversas e situações, eu quis tanto ser o encontro de alguém, algo menos esporádico do que o que era, pra que talvez houvesse algum tipo de amor sincero, paixão doente, um casal desses meigos, que trocam seus nomes em frases, chamam de amor, e são inegavelmente felizes, pelo menos no ínicio, e houve quem encontrasse tanto amor assim depois de mim, como se eu só tivesse significado um aprendizado, mas talvez por ser demais, não demasiadamente perfeita, mas demasiadamente imperfeita, e sem limites, sem escrúpulos, cheia de vícios e desvios, sem prestar pra nada além de prazeres passageiros, e não consigo deixar de pensar... com o meu nome tão banalizado e tantas mentiras e seriedades exaltadas sobre mim, será que alguém já me amou um dia, digo, sem medo, além daqueles que eu não quis amar. Alguém de quem eu me orgulhe, e tenha dado uma chance. Eu tive tanto amor um dia, eu sinto, e não lembro de onde veio, quem me deu, mas houve, em algum momento distante na minha história, eu tive amor, e foi recíproco. Agora só tenho amores de amigos, e 20 deles estão numa caixinha. Eu sento, respiro, invento, sinto saudades e choro, acendo um cigarro pra ver se fica tudo bem, relaxo, mas infelizmente, mas não melhoro. Ainda tem isso seco na minha garganta, eu fito a fumaça, sinto o gosto amargo da bebida e das lágrimas, quero dormir, quero café, na verdade eu quero um porto, eu só precisaria de um porto pra me sentir tranquila.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Já pensou ao menos uma vez que ela chore? Chore mesmo, com direito à lágrimas, soluços, sofrimentos indizíveis, como se sentisse um modo torturante de dor? Nunca pensou, aposto.
Aposto como nunca pensou que talvez ela soubesse das suas traições e as perdoasse porque te amava demais, e se deixava levar pelas suas mentiras porque te amava demais, deixava que você omitisse ela, o amor dela, e o seu amor por ela, porque te amava demais. E talvez ela tenha traído enfim, por te amar mais, por não querer sofrer mais, e mesmo assim, sofreu, chorou e você nem soube, ou soube e não se importou. Ela queria tanto a sua presença, e parecia que você, que ela tanto desejava não a queria tão bem, e poucos sabem o que é querer bem, e ela te queria meu bem, mesmo com as brigas e desavenças, brigava porque não controlava o ciúme e não sabia discutir, brigava porque não queria ser desses casaizinhos felizes e monótonos, de qualquer jeito, ela só te queria perto e sem querer te pôs distante, e vez ou outra você some, se perde dela, reencontra e desespera, ela ainda te ama, mesmo, você sabe o que é gostar? Gostar é se perder nos olhos, se perder nas palavras, descansar até mesmo no som da voz do outro, e ela só no seu sorriso sentia tranquilidade e paz. Mas você não volta, volta? é só a ausência no coração dela, é só saudade na memória dela, são só lágrimas, e se lesse, alguma vez, as palavras dela, ia saber que ela sofre, chora, mesmo quando você sabe se virar muito bem em outros braços, abraços, beijos e devaneios, tem outros amores, outras paixões, ambos seguem adiante, mas ela, ela sempre volta, para seus braços, pra você, e querendo ou não, ela ia sempre até você.
Mas agora ela quer calma, coração tranquilo, ser feliz sem medo ou mágoas, sem chorar. Porque ela, mesmo deixando o amor dela contigo, teve que criar algo pra ela, pra ela se amar, e só te querer de longe, te amar distante, sonhar somente, para evitar mais feridas, e fazer das antigas,cicatrizes e deixar de pensar em algo além de martírios. Seguir em frente, cabeça erguida, remando em lágrimas, e deixando as lástimas pra trás, mas é agua corrente, e é preciso ser forte pra não querer voltar mais.

domingo, 20 de março de 2011

Você quer ser a escolha ou o que sobrou?


E hoje mais do que nunca eu quis ser de verdade, ouvir música de verdade, me perder nos estilos afora, beber garrafas adentro, fumar cigarros aos montes. viver mais do que os 17 anos de vida recomendam. Mas eu nunca entendi muito bem essa minha necessidade de fases, rótulos, quando eu quiser "emo" (haha), punk, roqueira, gótica, revoltada, skatista, hippie, indie, e tudo mais, uma infinidade de inconstâncias que eu mal tive tempo de atravessar com calma, tantas eram elas..
Mas enfim, em algum momento da vida, eu me encontrei bossa nova, mpb, country e rock'n roll.
Agora tenho toda minha liberdade, libertinagem e inconsciência de ser feliz.
Mas eu nunca soube muito bem, o porque dessa necessidade de se aprisionar em rótulos, ou isso, ou aquilo, incapaz de conter dois conteúdos diferentes, inteligência com funk, ou burrice com rock. Todo mundo gosta muito de alimentar seus preconceitos, mesmo dizendo que os detém, eu tenho os meus, na minha percepção são poucos, mas estão ali, são inevitáveis, mas eu evito julgar a partir deles, não gosto de generalizações, preposições fáceis, o mundo vai além de toda essa nossa vã ignorância. As pessoas se perdem dizendo que gostam de determinada vida, de determinado vício, estilo, tribo e tudo mais, quando na verdade somos apenas seres humanos, sujeitos às intempéries da vida e dissonâncias do destino, nada é eterno, como os rótulos são só pra especificar, quando o que vale mesmo é a surpresa, a inconstância e importância das falhas assumidas e dos ecleticismos constantes.
Por muito tempo eu tive medo, se ser estranha, diferente e sozinha, mas hoje ouvi "Flor e espinho" e soube então que não importa o quanto eu queira me adequar às normas, ser comum, usual, normal mesmo seguindo o fluxo que levaria a diferença. Cultura de massa aliena, condena, mais vale ser raro, caro, esperado, aguardado, do que peça de liquidação.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Have you ever see the rain?


Tem chovido, e muito por aqui, no meu carnaval que não houve folia, na minha quaresma que há carne e no meu coração que não há mais nada além de rancor.
Chove meu bem, chove a cada segundo que respiro sem sua companhia, faz assim, acorda meu bem, vem me trazer algo tipo um guarda-chuva, um tipo de capa pra nos manter seguros.
Ou então vem só você, pra esquentar minha pele nesses dias frios, esquentar minha alma, meus olhos, porque a janela só mostra os pingos no vidro, a saudade que bate aqui dentro de mim, sejamos mais francos, eu ainda quero e preciso de você aqui. E a chuva, será que passa?
Será que passam esses meus dias tão sozinha, ouvindo bossa nova, samba, los hermanos e afins?
Será que a chuva não vai bater de novo na porta mesmo se eu resistir a essa depressão que me impregna.
Hein, que dia eu vou acordar mais leve, mais sã, mais consciente pra ser quem eu sou, sem chorar, sem sofrer, sem meus amores e martírios, sem meus amigos e deslizes, sem meus vícios e meus porres, acordar aqui, triste, amarga e sem você?
Pois dia desses eu quis parar pra ver a chuva, ouvir a chuva, ouvir as lágrimas, os pingos, o vento, a brisa fria.
E sabe.. dia desses, eu quis ser um pouco mais feliz, e quis evitar as tempestades, e quis não precisar de você, ou ninguém mais pra me fazer viva.
E então, ah amor, choveu tanto, e tão forte, que eu já nem mais tinha forças pra não olhar, nem pra secar mais nada.
Mas então, como se por mágica, ou o que fosse, eu fiquei só, só e bem, só tinha o cheiro de terra, chão, folhas e corações molhados depois da chuva, eu te amava, me amava, mas não era dependente mais, tinha largado os hábitos e delírios.
Ah, amor, enfim, houve atrás das montanhas um arco íris, e entre nós dois, houve sol.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ao meu coração,


Ah coração, fique calmo, se entregue à tranquilidade e à monotonia dos amores que hão de vir e virão atrozes, sedentos de atenção e dotados de carência, normais, amores.
E eles hão de vir, e vem, e nesse caso já estão. Ah coração, tome cuidado com os espinhos e se esforce para pular os poços e escapar às armadilhas, cuidado com o meu amor, ele não tem culpa das incertezas da vida.
E nem queira se envolver com esses corações, de amores pesados que não querem sentir, é um bom conselho não é? Apesar de atrasado... você já se perdeu nas piadas dele e se deixou vulnerável demais, me deixou frágil e inquieta no meio de tanta aproximação.
Foi distração sua ou foi coragem? Isso de estar bobo e apaixonado..
Sem contar essa historinha de querer ser fiel, não é da sua natureza, somos uma boa dupla porque sempre fomos desprendidos dessas coisas que firmam os relacionamentos, tinha harmonia, e agora?
Agora você vem querer ficar nesse descompasso sem ritmo, só para ceder aos caprichos do outro coração há dois peitos de distância.
E ainda leva junto o meu amor, na insanidade desse samba doentio, querendo um batimento para chamar de seu.
Se estou brigando? De modo algum, só comentando sua rebeldia, porque você acelera, desacelera, bate, pára, era só ficar quietinho, embalando meu amor com prudência. Mas vai acabar deixando-o aos tratos do dono do coração pesado que não quer sentir.
é coração meu, muito obrigado, e nem vem que agora não adianta chorar, vai coração, vai batendo sem melodia ensaiada, pois enquanto você não está machucado, nem o amor maltratado, ainda dá pra tentar ser feliz, cuidar de outro coração, ter algum em troca, voltar depois, ou não voltar nunca mais.

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post péssimo e velho, devo avisar de uma vez que as próximas virão totalmente fora de ordem.